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Boletim Fortalecer o PSOL RS N° 13

[Boletim Fortalecer o PSOL RS N° 13]

Breves apontamentos sobre a conjuntura, em 03/ Julho/20:

Começando pelo Coronavírus:

Segundo o secretário geral da OMS (Organização Mundial da Saúde) a pandemia de Covid-19 está se agravando em escala mundial. Os três países com o maior número de  casos e de mortes são Estados Unidos, Reino Unido e Brasil. Obviamente, não é coincidência que os três sejam governados pela extrema direita, que teve uma postura negacionista e anticiência.
No Brasil, já temos mais de 1 milhão e meio de casos confirmados e mais de 62 mil mortes.
O Brasil continua sendo o epicentro da pandemia e, ao mesmo tempo, Bolsonaro vetou o uso obrigatório de máscaras no comércio, em templos religiosos e nas escolas.
No Rio Grande do Sul, a situação está se agravando muito. A política de bandeiras e distanciamento controlado do governador Leite se mostrou completamente insuficiente. Caminhamos para o colapso da saúde, com UTIs lotadas.
Leite afirmou que se a situação continuar se agravando a única saída será decretar lockdown. O lockdown deveria ser medida preventiva, para impedir milhares de mortes e não uma resposta tardia ao colapso e ao crescente número de mortes.

A nível internacional: Graves ataques contra o Povo Venezuelano e o Palestino

O povo venezuelano sofreu mais um duro golpe. O banco Central da Venezuela solicitou o desbloqueio de mais de 30 toneladas de ouro, depositados no Reino Unido, para usar os recursos no combate à pandemia. Mas o pedido não foi atendido, pois o Reino Unido considera, o capacho do imperialismo que não foi eleito para o cargo, Guaidó como presidente da Venezuela e por esse motivo mantém o ouro Venezuelano confiscado. Um crime que deve ser repudiado por todos nós.

Outro grave ataque está se dando na Palestina. Um plano de Donald Trump para a região pretende anexar 30% da Cisjordânia ao território de Israel. O governo Israelense já está discutindo como fará essa anexação, que pode ocorrer nos próximos dias. É mais um sinal da falência da política da existência de dois estados, defendida por setores da esquerda. É necessário um basta do genocídio de Israel, sobre o Povo Palestino. Israel, um Estado sionista-racista, um enclave imperialista que foi criado sobre a destruição e morte dos palestinos e que busca anexar cada vez mais o território, hoje,  reconhecido como sendo da Palestina.

A crise econômica vai deixar ricos mais ricos e pobres mais pobres

Inicialmente, apontava-se  que a crise seria sentida por todos e teríamos uma saída pós-pandemia em forma de “U” - queda rápida, manutenção temporária em baixa, seguida de uma rápida recuperação, ou em “L” - queda rápida e estabilização na baixa, sem previsão de retomada. No entanto, hoje, desenha-se uma saída em “K” - aumento de riqueza para os mais ricos, queda para os mais pobres. 

A recuperação das bolsa de valores em contraste com a queda da economia real mostra que teremos um aumento da concentração de riqueza para os mais ricos e aumento da pobreza para os mais pobres, ou seja, aumenta a desigualdade social. Isso está se dando por vários motivos; o principal deles é que os trilionários pacotes de recuperação dos governos estão indo, em grande parte, para os grandes bancos e empresas, enquanto a camada mais pobre recebe apenas migalhas.
No Brasil, por exemplo, foi destinado 1,2 trilhão de reais para os bancos para que aumentassem os empréstimos para pessoas físicas e empresas, mas o aumento de empréstimos concedidos, se comparado ao mesmo período do ano passado, foi de R$ 50,4 bilhões. Pequenas e médias empresas têm muitas dificuldades para obter empréstimos, pois como Guedes falou na reunião ministerial, dar dinheiro para os pequenos é prejuízo.
O Banco Central, na prática,  estimula os bancos a dificultar os empréstimos, já que com o depósito voluntário da sobra de caixa dos bancos os remunera diariamente, com títulos da dívida pública. O governo destina o dinheiro para aumentar a concessão de empréstimos, os bancos não emprestam;  o dinheiro que sobra é depositado no Banco Central em troca de títulos da Dívida pública. É uma operação criminosa. Nesse momento da pandemia, seria legítimo aumentar a dívida pública para custear o enfrentamento à pandemia e estimular o emprego, mas a dívida está aumentando para destinar mais dinheiro aos bancos.

Com relação à desvalorização da moeda frente ao dólar nos primeiros seis meses deste ano, o Brasil é o segundo país mais afetado; o primeiro é a Venezuela (que sofre um forte bloqueio econômico imposto pelo EUA), seguindo a lista estão Lesoto, Namíbia, África do Sul, Suazilândia, Zâmbia. Todos, com exceção do Brasil,  países que não chegam nem perto de estar entre as maiores potências econômicas. Isso demonstra o enfraquecimento do Brasil, a nível mundial.

Bolsonaro não está quieto, ele está tonto e acuado!

Depois da retomada das ruas pela esquerda, com as torcidas Antifascistas e o movimento antirracista, do avanço do inquérito das fake news no STF e, principalmente, a prisão de Queiróz, Bolsonaro está muito acuado. As declarações golpistas sofreram um revés, até mesmo as conversas com apoiadores e entrevistas coletivas na entrada do Palácio do Planalto deixaram de acontecer.
A queda de Decotelli, o ministro da educação, mesmo antes de assumir oficialmente, deve-se, principalmente, à debilidade do governo Bolsonaro que não teve força para bancá-lo e comprar a briga para manter o ministro no cargo.

Por outro lado setores da burguesia não desejam somar forças para derrubá-lo, mas unicamente controlá-lo.

Todos apoio à greve dos entregadores de aplicativos

O 1° de julho foi marcado por  uma importantíssima greve dos entregadores de aplicativos.  É o setor mais precarizado da nossa classe, sem qualquer direito garantido e com uma remuneração baixíssima. Tenta-se vender a idéia de que eles são empreendedores, mas essa greve, mais uma vez, demonstrou que eles são trabalhadores ultra-precarizados.
É fundamental o apoio de todas organizações políticas e sindicais a essa luta.

Aqui em Porto Alegre, a ASSUFRGS-Sindicato apoiou a paralisação, e nossas companheiras da direção do sindicato participaram ativamente do ato levando solidariedade. As Companheiras Marlise e Tamyres, foram importante presença na manifestação dos Entregadores, assim como nos atos anti-fascistas e antirracistas, do último período.

Uma nova greve já foi marcada para o dia 25/07 e vai avançando a organização desses trabalhadores, inclusive vem sendo criados sindicatos e associações para melhor travar essas batalhas. Em alguns lugares do mundo, através da auto organização dos entregadores, surgem cooperativas que desenvolvem seu próprio aplicativo, sob controle dos trabalhadores, com salários e carga horária justa - medidas claramente anti-capitalistas. 

Fortalecer o PSOL tem atuação de destaque nas últimas semanas

A participação de nossas Companheiras Tamyres e Marlise na Greve dos Entregadores, bem como nos atos antirracista e anti-fascistas, as tornam referência para trabalhadores, jovens e manifestantes Negros. Tamyres, foi capa de Zero Hora. Tamyres e Marlise fizeram declarações ao jornal Correio do Povo.

A sua participação, junto com outras Companheiras da Direção da ASSUFRGS ( Sibila, Laís, Valnez…) nas ações solidárias e manifestações em defesa da manutenção das Cotas na Pós-Graduação, em defesa da Paridade na escolha de Reitor da UFRGS, assim como a manifestação contra a intervenção do MEC na indicação de Reitores de Universidades e IFs, deu grande visibilidade a nossas Companheiras. 

A exposição da companheira Neiva na denúncia do descaso do Governo Leite com uma Diretora contaminada pelo Covid-19, bem como sua participação em lives e no Conselho Geral do CPERS, retomam um espaço que nossa Corrente já teve na educação.

O protagonismo da Companheira Berna nas lives da ASSUFRGS e no processo eleitoral da UFRGS, a participação das companheiras, já citadas acima, em lives, assim como as companheiras Simone Flores, Andréa Caldas, Lúcia Mendonça, Manuela Dalla Costa e os companheiros Andrey e Matheus - Juventude Ocupe, são demonstrações do potencial do FORTALECER O PSOL, contribuem para consolidar a política da nossa Corrente e torná-la referência para setores da classe trabalhadora.

Papel, igualmente, muito importante cumprem outr@s Companheir@s que participaram de Atos (Jorge Leal, Vinícius, Rejane Farias, Victoria, Katia, Edson, Christofer, Ana Madruga, Maristela, Jardel) e tod@s, que devido à Pandemia, compartilham nossa lives, postagens, artigos, fotos, cards.

No próximo período temos o desafio de organizar e planejar a participação do Fortalecer o PSOL nas eleições municipais.

Acompanhe no link:

Só as ruas podem superar o caos econômico e sanitário

Encaminhamos também link deste texto escrito pelo companheiro Mário Azeredo e publicado no site da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco:

“Como no mito da caverna, de Platão, uma parte da esquerda olha de dentro do confinamento as sombras gigantes do governo Bolsonaro e conclui tratar-se de um monstro imbatível. Mas se formos olhar a realidade, como nos propõe o grego, o mundo mudou muito da posse para cá. Um ano e meio depois, as expectativas em seu governo e na “nova política” prometida já não empolgam o eleitor que votou preocupado com o futuro do Brasil”

http://www.laurocampos.org.br/2020/06/30/so-as-ruas-podem-superar-o-caos-economico-e-sanitario


Acompanhe o OBSERVATÓRIO DA CRISE

https://www.observatoriodacrise.org/

O Observatório da Crise é uma iniciativa da Escola Nacional de Formação da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, com o objetivo de fomentar a pesquisa e promover o debate sobre a profunda crise do capitalismo que atravessamos, a partir do referencial teórico marxista. Nesse site serão disponibilizados Dossiês, entrevistas, resoluções e análises.


Indicação de atividade:

Camaradas, convidamos todas e todos para a live de conjuntura do Fortalecer o PSOL, nesta próxima terça (7 de julho), às 18h. Abaixo o link da live. Você pode adicionar um lembrete para o Youtube te lembrar:
https://www.youtube.com/conflitos

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