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CARRIS: uma greve para entrar na história
Nós da INTERSINDICAL, que militamos na ASSUFRGS, no CPERS, nos Municipários e em outras categorias estivemos em apoio desde as primeiras horas da sexta-feira. Levamos solidariedade e contribuímos com a organização cotidiana do movimento
A INTERSINDICAL apoiou a greve de rodoviários em Porto Alegre RS
Os funcionários da CARRIS, empresa de transporte público da prefeitura de Porto Alegre, administrada pelo prefeito reeleito José Fortunatti ( PDT-PMDB-PTB-DEM, etc) realizaram uma grande e surpreendente greve entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro.
A empresa rompeu acordo feito como os seus funcionários. Ela deveria ter pago um prêmio, conquistado pelo cumprimento de metas coletivas e individuais, em parcela única no dia 30 de novembro. Na noite do dia 29, a direção da empresa emitiu uma nota informando que não pagaria o acordo no dia 30. Um golpe!
Os trabalhadores - cerca de 2 mil ? de forma impressionante e como não acontecia há décadas, cruzaram os braços . Praticamente todos os 700 motoristas e 600 cobradores, funcionários da manutenção e outros setores pararam e ficaram na frente do portão da Carris, desde a madrugada do dia 30 de novembro até a tarde do dia 3 de dezembro, em vigília e assembleias sob sol de 40 graus e chuva.
Nós da INTERSINDICAL, que militamos na ASSUFRGS, no CPERS, nos Municipários e em outras categorias estivemos em apoio desde as primeiras horas da sexta-feira. Levamos solidariedade e contribuímos com a organização cotidiana do movimento. Participamos das reuniões da Comissão dos Funcionários e do Comando de Greve e das mesas de negociação. Repassamos aos trabalhadores os informes nas assembleias, conforme orientação do comando.
A manutenção da greve impôs derrota a Carris e fortaleceu os trabalhadores
A empresa, que descumpriu o acordo, tentou de todas as formas desmontar a greve desde o início. Já na tarde do dia 30, houve uma tentativa de acordo no Ministério Público do Trabalho. A Intersindical acompanhou a Comissão de Funcionários da Carris na negociação.
A proposta apresentada pela empresa foi rejeitada por unanimidade pela assembléia de mais de 1.200 grevistas, no final do dia 30. A grande assembleia votou a continuidade da greve.
Diante disso, a Carris ingressou com ação no Tribunal Regional do Trabalho pedindo a ilegalidade da greve e o imediato retorno ao trabalho. No entanto, o despacho da Desembargadora do TRT da 4ª Região significou uma vitória para os trabalhadores. Ela não considerou a greve ilegal, mas determinou que um percentual de 50% da frota deveria estar na rua e de 70% em dois horários de pico durante o dia. Mesmo assim, a empresa tentou pressionar e ameaçar com demissões os trabalhadores, por telefone. A Carris chegou a abrir contratações temporárias no domingo, como forma de intimidação. Mas, não funcionou. Os trabalhadores seguiram firmes.
Os funcionários da CARRIS, empresa de transporte público da prefeitura de Porto Alegre, administrada pelo prefeito reeleito José Fortunatti ( PDT-PMDB-PTB-DEM, etc) realizaram uma grande e surpreendente greve entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro.
A empresa rompeu acordo feito como os seus funcionários. Ela deveria ter pago um prêmio, conquistado pelo cumprimento de metas coletivas e individuais, em parcela única no dia 30 de novembro. Na noite do dia 29, a direção da empresa emitiu uma nota informando que não pagaria o acordo no dia 30. Um golpe!
Os trabalhadores - cerca de 2 mil ? de forma impressionante e como não acontecia há décadas, cruzaram os braços . Praticamente todos os 700 motoristas e 600 cobradores, funcionários da manutenção e outros setores pararam e ficaram na frente do portão da Carris, desde a madrugada do dia 30 de novembro até a tarde do dia 3 de dezembro, em vigília e assembleias sob sol de 40 graus e chuva.
Nós da INTERSINDICAL, que militamos na ASSUFRGS, no CPERS, nos Municipários e em outras categorias estivemos em apoio desde as primeiras horas da sexta-feira. Levamos solidariedade e contribuímos com a organização cotidiana do movimento. Participamos das reuniões da Comissão dos Funcionários e do Comando de Greve e das mesas de negociação. Repassamos aos trabalhadores os informes nas assembleias, conforme orientação do comando.
A manutenção da greve impôs derrota a Carris e fortaleceu os trabalhadores
A empresa, que descumpriu o acordo, tentou de todas as formas desmontar a greve desde o início. Já na tarde do dia 30, houve uma tentativa de acordo no Ministério Público do Trabalho. A Intersindical acompanhou a Comissão de Funcionários da Carris na negociação.
A proposta apresentada pela empresa foi rejeitada por unanimidade pela assembléia de mais de 1.200 grevistas, no final do dia 30. A grande assembleia votou a continuidade da greve.
Diante disso, a Carris ingressou com ação no Tribunal Regional do Trabalho pedindo a ilegalidade da greve e o imediato retorno ao trabalho. No entanto, o despacho da Desembargadora do TRT da 4ª Região significou uma vitória para os trabalhadores. Ela não considerou a greve ilegal, mas determinou que um percentual de 50% da frota deveria estar na rua e de 70% em dois horários de pico durante o dia. Mesmo assim, a empresa tentou pressionar e ameaçar com demissões os trabalhadores, por telefone. A Carris chegou a abrir contratações temporárias no domingo, como forma de intimidação. Mas, não funcionou. Os trabalhadores seguiram firmes.
Da revolta dos trabalhadores e a submissão do sindicato rodoviário a vitória da greve
Em vigílias e assembléias, durante o sábado e domingo, os trabalhadores foram se organizando para manter o movimento, já que ficou agendada para a segunda-feira, dia 3, uma audiência de conciliação no TRT.
Os trabalhadores foram se fortalecendo devido a grande revolta com o descumprimento do acordo e com suas condições de trabalho, com os apoios que chegavam, como o SIMPA ? Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, desde o primeiro dia. A exceção foi o sindicato da categoria - sindicato dos rodoviários, ligado a Força Sindical, que nos dois primeiros dias pressionava os trabalhadores a acabarem com a paralisação para que o sindicato não fosse multado. Fazia o jogo do patrão contra os trabalhadores. Mas, frente a persistência e força da greve, do apoio da população relatado por motoristas e cobradores que retornavam com os ônibus que cumpriam o percentual determinado pela justiça, nos últimos dois dias esse sindicato foi a reboque do movimento grevista.
A extraordinária greve trouxe a tona os problemas enfrentados por esses valorosos trabalhadores da Carris. Excesso de CCs, sucateamento da frota, desleixo e abandono com a manutenção e a oficina por parte da administração, falta de uniforme quando não em péssimas condições ( camisas rasgadas, sandálias rotas). Assédio moral, a falta de segurança para a tripulação e passageiros, terminais em péssimas condições, banheiros junto a refeitórios, falta de planejamento do estoque de peças o que ocasiona superlotação dos ônibus e atrasos nos horários das linhas. A construção da creche que foi abandonada. Tudo foi sendo denunciado, via imprensa e panfletos para a população. Tudo isso, nada mais é do que um projeto da prefeitura de sucateamento da maior empresa de transporte público do país para favorecer os consórcios privados.
Na segunda-feira, dia 3, na negociação no TRT, através da Comissão de Funcionários da Carris e comando de greve novamente acompanhada pela Intersindical, houve avanço na proposta, o que possibilitou aprovação pela assembléia de trabalhadores e o fim da greve a partir das 15 horas.
Uma greve vitoriosa! Conquistou o pagamento do prêmio devido pela Carris/Fortunatti ( R$ 700,00 no dia 5 de dezembro e o restante de R$ 300,00 no dia 11 de janeiro/2013) , com abono dos dias parados. A greve expôs para a sociedade todos os problemas vividos pelos funcionários. E fortaleceu esses trabalhadores para lutarem por todas as suas reivindicações.
Em vigílias e assembléias, durante o sábado e domingo, os trabalhadores foram se organizando para manter o movimento, já que ficou agendada para a segunda-feira, dia 3, uma audiência de conciliação no TRT.
Os trabalhadores foram se fortalecendo devido a grande revolta com o descumprimento do acordo e com suas condições de trabalho, com os apoios que chegavam, como o SIMPA ? Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, desde o primeiro dia. A exceção foi o sindicato da categoria - sindicato dos rodoviários, ligado a Força Sindical, que nos dois primeiros dias pressionava os trabalhadores a acabarem com a paralisação para que o sindicato não fosse multado. Fazia o jogo do patrão contra os trabalhadores. Mas, frente a persistência e força da greve, do apoio da população relatado por motoristas e cobradores que retornavam com os ônibus que cumpriam o percentual determinado pela justiça, nos últimos dois dias esse sindicato foi a reboque do movimento grevista.
A extraordinária greve trouxe a tona os problemas enfrentados por esses valorosos trabalhadores da Carris. Excesso de CCs, sucateamento da frota, desleixo e abandono com a manutenção e a oficina por parte da administração, falta de uniforme quando não em péssimas condições ( camisas rasgadas, sandálias rotas). Assédio moral, a falta de segurança para a tripulação e passageiros, terminais em péssimas condições, banheiros junto a refeitórios, falta de planejamento do estoque de peças o que ocasiona superlotação dos ônibus e atrasos nos horários das linhas. A construção da creche que foi abandonada. Tudo foi sendo denunciado, via imprensa e panfletos para a população. Tudo isso, nada mais é do que um projeto da prefeitura de sucateamento da maior empresa de transporte público do país para favorecer os consórcios privados.
Na segunda-feira, dia 3, na negociação no TRT, através da Comissão de Funcionários da Carris e comando de greve novamente acompanhada pela Intersindical, houve avanço na proposta, o que possibilitou aprovação pela assembléia de trabalhadores e o fim da greve a partir das 15 horas.
Uma greve vitoriosa! Conquistou o pagamento do prêmio devido pela Carris/Fortunatti ( R$ 700,00 no dia 5 de dezembro e o restante de R$ 300,00 no dia 11 de janeiro/2013) , com abono dos dias parados. A greve expôs para a sociedade todos os problemas vividos pelos funcionários. E fortaleceu esses trabalhadores para lutarem por todas as suas reivindicações.
Fonte: Intersindical