Depois de meses levantando dados, discutindo e construindo coletivamente nossa proposta de Plano de Carreira, qual não foi nossa surpresa? No Seminário realizado no dia 25/05/12, o Sr. Túlio Zamin, Presidente do Banrisul, jogou um balde de água fria na cabeça dos banrisulenses presentes.
Mais uma vez tivemos que escutar desculpas e justificativas para não aplicar o  novo Plano de Carreira.

Pasmem! O Sr. Túlio disse que ?... com o aprofundamento da crise, era praticamente impossível executar a maior parte das propostas do novo Plano de Carreira dos Banrisulenses...? e, como se não bastasse, usou a política de redução dos juros para reforçar suas intenções de não cumpri-lo. Duas justificativas que não tem cabimento.
Em relação à crise econômica, o Sr. Túlio esquece que o  país e o Banco passaram anos na bonança econômica, com crescimento e estabilidade financeira, e,  essa situação favorável, não estimulou a direção do Banco a lembrar que os banrisulenses estão com salários defasados e o Plano de Carreira atual não aponta qualquer ascensão profissional.

Sobre a política de juros baixos, outra contradição da direção do Banco. Primeiro, porque a política aplicada beneficia justamente quem menos precisa. A redução dos juros está diretamente ligada a quantidade de renda aplicada no banco. Quanto mais dinheiro, menos juros. Os gaúchos que tem menos dinheiro no banco, são os que pagam os mais altos juros. Conclusão: O banco tira dos pobres para repassar aos ricos.

Isso é política de banco público com preocupação social?!

Portanto, as explicações e justificativas do Sr. Túlio não são objetivas. São, de fato, uma política deliberada que segue a lógica concentradora de renda, onde os trabalhadores criam a riqueza e os governos repassam o excedente para as minorias privilegiadas.
Nós, da Crítica Bancária, repudiamos a posição do Banco e exigimos a substituição imediata do atual para o novo Plano de Carreira construído democraticamente pelos funcionários do Banrisul.