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Eduardo Cunha: Outra vez considerado réu pelo STF
A decisão unânime do Supremo de, mais uma vez, o considerar réu em nova ação reforça o entendimento do relatório aprovado pelo Conselho de Ética, em favor de sua cassação.
O cerco continua se fechando para o presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em novo julgamento, o Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, entendeu que Cunha é réu em uma segunda ação da Operação Lava Jato, provocada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Para os onze ministros, que seguiram o entendimento do relator Teori Zavascki, há fortes indícios de que Cunha praticou crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas ao receber supostas propinas no caso envolvendo a compra de um campo de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras. De acordo com a ação, 5,2 milhões de reais ilícitos foi o valor que Cunha recebeu ao fechar a transação.
A denúncia também considera o fato de o deputado ter omitido possuir contas na Suíça em documentação enviada ao Tribunal Superior Eleitoral quando foi nomeado no cargo de deputado federal. Por isso, no julgamento do STF, o peemedebista também foi enquadrado no delito de falsidade ideológica para fins eleitorais.
Prestes a ter a sua cassação aprovada pelo plenário da Câmara – caso não haja qualquer nova manobra de seus aliados -, Eduardo Cunha vai ficando mais enfraquecido e a possibilidade de sua queda se torna cada vez mais real. A decisão unânime do Supremo de, mais uma vez, o considerar réu em nova ação reforça o entendimento do relatório aprovado pelo Conselho de Ética, em favor de sua cassação.
Na avaliação do líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), a decisão do STF amplia o isolamento político de Eduardo Cunha, a tendência de perda de mandato e consequentemente a possibilidade de uma delação premiada, o que, segundo ele, é razão de pânico para a bancada que apoia Cunha no Congresso e o próprio governo de Michel Temer. “Diante deste cenário é fundamental que a sociedade organizada e os movimentos de rua mantenham a pressão pela cassação de Cunha”, orienta.