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Eleições Municipais de 2024: uma derrota que exige um balanço histórico

[Eleições Municipais de 2024: uma derrota que exige um balanço histórico]

Como chegamos até aqui?

            Como nas eleições que elegeram Bolsonaro, os resultados destas eleições começaram a sair e foram reveladores: a esquerda, como um todo, foi derrotada. As eleições 2024 são um marco histórico, um alerta para a esquerda que precisa parar e refletir sobre o resultado e suas causas e consequências. A derrota foi muito pesada, principalmente se levarmos em conta que a administração do Governo Federal está nas mãos de Lula. Dados preliminares do 1º turno, que se ampliou no segundo turno:  votos nas candidaturas das direitas - 91 milhões; votos nas candidaturas das esquerdas - 22 milhões.

Se não mudarmos de rumo, seremos levados para o precipício do pragmatismo da “velha política” que só enxerga o calendário eleitoral como saída. As eleições são uma tática importante, ainda mais diante da ameaça fascista. Mas, é a mobilização de forças reais na sociedade que pode alterar a correlação de forças e a dinâmica atual de fortalecimento da direita.

Três fatos chamam a atenção no resultado eleitoral:

  1. A polarização é provocada pelos setores de direita e de extrema direita. A esquerda não aparece como um elemento antissistema, programática e com propostas concretas de mudanças;
  2. De eleição em eleição, cada vez menos pessoas se interessam pelas disputas partidárias. O povo deu um recado contundente através das abstenções, como um alerta de que o voto para alternância de poder não significa melhoria de vida para os mais necessitados. Neste pleito, tivemos uma média de 30% de brasileiros que deixaram de votar, em um país onde o voto é obrigatório e sem contar os votos brancos e nulos;
  3. O alto índice de reeleição de prefeitos, cerca de 82%, teve como base fundamental as emendas parlamentares, que desestruturam o orçamento da União e abrem o caminho para o retorno dos famigerados “currais eleitorais”. 

Os setores da classe média já haviam sinalizado seu descontentamento. Agora, amplos setores do proletariado se afastam, rompem com o petismo e com a esquerda. Esse é o diagnóstico. Portanto, para evitar que o neofascismo se instale no Brasil é preciso mudar radicalmente e urgentemente de rumo. Não basta mais do mesmo! A política de conciliação de classes e o recuo programático não são remédios para este Brasil doente. A esquerda precisa fazer um combate cotidiano aos planos de austeridade e defender um programa de superação do capitalismo.

 

 

PT: do surgimento à Presidência

              O PT foi a síntese do que houve de melhor na resistência à ditadura militar no Brasil. Das poderosas greves metalúrgicas, das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) da Igreja Católica nos bairros e periferias, de um vigoroso movimento estudantil, do nascente MST, do retorno dos exilados e de um movimento sindical vigoroso. Esse conjunto de lutas levou a uma Constituição Federal progressista e a uma unidade social que atrasou a aplicação dos planos neoliberais no Brasil, em pelo menos dez anos, e combateu as políticas de austeridade dos anos de FHC.

             Com a vitória de 2002, Lula já havia sinalizado a guinada conservadora com a Carta aos Brasileiros, na qual manteve os compromissos com os pressupostos econômicos da política neoliberal. A Reforma da Previdência, do primeiro governo Lula, contra os servidores públicos; a manutenção da tríade econômica herdada dos governos FHC; a nomeação de Roberto Rodrigues, como ministro do agronegócio, com direito a elogios do Lula ao setor, enfatizando que “o agro é o herói do Brasil"; ou ainda dirigindo-se aos banqueiros, “vocês nunca ganharam como no meu governo”, são alguns exemplos políticos que sintetizam 20 anos de escolhas erradas que desmoralizaram a esquerda, cooptaram dirigentes da classe e dispersaram a vanguarda. Em contrapartida, tais medidas favoreceram o fortalecimento da direita.

           O central de nossa avaliação está pautado no entendimento de que “o reformismo sem reformas” dos governos petistas, somado a política de conciliação de classes (irreconciliáveis), foram os pilares que pavimentaram as crescentes derrotas nos sucessivos processos eleitorais e o quase inevitável crescimento da extrema direita.

             Nos dois primeiros governos do PT, o prestígio de Lula se manteve graças à elevação dos preços internacionais das commodities (carne, grãos, minérios, etc.), mesmo após a grande crise do capitalismo que começou nos EUA em 2007. Naquele momento, o governo Chinês, em certa medida, salvou o capitalismo do colapso. Lula aproveitou a situação favorável para estimular mais consumo interno através do crédito consignado e incentivos fiscais aos empresários, mas se negou a fazer qualquer reforma estrutural, que realmente beneficiasse o conjunto da classe trabalhadora e os setores pobres da população. Imersos na lógica liberal, Lula e o PT não se deram conta que não estávamos jogando sozinhos.

 A Fundação do PSOL

             É no início dessa etapa e nesse marco histórico que surge o PSOL, como oposição de esquerda ao social-liberalismo. Foram nesses primeiros anos de governos petistas que a conciliação de classes ficou mais evidente para um amplo setor da vanguarda. A Reforma da Previdência foi nossa certidão de nascimento. O PSOL nasce em um período de enormes dificuldades para a esquerda combativa e radical. Se o PT nasce em um período de lutas e efervescência política, o PSOL nasce da maior derrota da esquerda neste período, com o abandono do caráter anti-neoliberal da direção do PT. Foi nesse momento que, também, presenciamos o processo de desmonte da CUT (a maior central sindical do Brasil), com Lula cooptando dirigentes sindicais para um "sindicalismo de resultados", tipo Força Sindical e para as estruturas do Estado. Também vimos a fragmentação do movimento sindical com o surgimento de outras centrais sindicais, como CTB, Conlutas e Intersindical, somado a mais algumas iniciativas de reorganização sindical. Seguindo esse mesmo processo de desconstrução das lutas, o MST abandona a estratégia da Reforma Agrária se alinhando à lógica burocrática do Estado burguês.

  As Jornadas de Junho de 2013

             Em novembro de 2010, surgiram no mundo as primeiras mobilizações que ficaram conhecidas como “Primaveras”. A maioria delas foram respostas, principalmente de jovens, à profunda crise econômica de 2007/2008.  No Brasil, esse fenômeno, que só se manifestou em 2013, foi disputado pelos mais diversos espectros políticos e se apresentou como uma resposta desorganizada, cambaleante, indignada, sem direção e com formulação precária aos dez anos de governo de pactuação de classes, que injetou desilusão política com a falta de mudanças estruturais nos setores organizados e desorganizados da classe trabalhadora brasileira. O PT não soube responder a altura essa indignação, a direita levou uma fatia importante e pariu uma nova conjuntura expressa com mais nitidez pelo acirramento eleitoral na campanha de 2014, onde Dilma Rousseff enfrentou Aécio Neves no segundo turno.

 O golpe em Dilma Rousseff

             Nesse período, abriu-se um novo momento de acirramento político, amplificando a polarização política e dividindo, de forma bastante taxativa, a sociedade brasileira. O povo brasileiro se esqueceu dos acontecimentos dos últimos dez anos, mas dificilmente esquece em quem votou em 2014. Ali começava uma disputa de hegemonia, com gigantes aparatos da extrema direita mundial interferindo e fazendo política no fértil terreno das desilusões e frustrações. Os escândalos de corrupção, os acordos de classe, as retiradas de direitos, e o processo de precarização da vida e do trabalho, iam aumentando de forma gradual o sofrimento de uma juventude sem perspectiva e de uma classe trabalhadora desalentada que se rebelou e tomou as ruas.

             O movimento pelo impeachment da Dilma Rousseff foi uma articulação do andar de cima, orquestrado pelos interesses da grande burguesia, financiada internacionalmente por interesses que atacaram, e ainda atacam, a soberania nacional. No entanto, também foi um movimento indiscutivelmente amparado, assimilado e defendido por um setor de massas que começava a aprofundar características neofascistas.

             A derrubada da presidenta eleita pelo voto popular, que acumulou altos índices de rejeição, também se deve porque cometeu um verdadeiro estelionato eleitoral ao prometer que não retiraria direitos da classe trabalhadora, em suas próprias palavras ‘nem que a vaca tussa’; mas, acabou orquestrando uma série de retiradas de direitos como saída econômica para a crise de arrocho e de ajuste fiscal, abrindo as condições para uma indignação massiva, instrumentalizada pelos interesses do andar de cima. Tudo isso contribuiu para a criação das condições necessárias para o golpe e a chegada de Michel Temer à Presidência da República, cargo que o mesmo jamais ocuparia através do voto popular.

  A extrema-direita entra em cena              

             Nesse cenário pós-golpe, acontece a eleição do Bolsonaro, seguida da ascensão de várias lideranças e ícones da extrema-direita, com o crescimento da influência neofascista na juventude promovida pelo MBL e a destruição do patrimônio nacional defendida pelo partido Novo. Junto com novos gurus ‘pensadores’ da direita brasileira, deram a esse bloco histórico capacidade de formulação, organização e motivação política para levantar uma gama de ressentidos em defesa de seus privilégios. Esse momento dialogou, também, com um setor de massas que estava desamparado, desiludido com a política e sem nenhum referencial de classe.

Daqui, não tem mais volta, a sociedade brasileira está dividida e polarizada. É um novo período de embate dos extremos, onde a disputa do pensamento, da cultura, dos costumes, das relações de trabalho, da religiosidade e tudo o que envolve a dinâmica de organização social entra em uma disputa ferrenha.

             A normalização da violência como instrumento político, aliada às pautas de “costumes”, instrumentalizadas pelos ataques aos direitos das mulheres, das pessoas LGBTQIA+, do povo negro, dos povos indígenas e das pessoas com deficiência, resultou num processo de opressão as suas vidas e existências. O reforço dessas práticas impositivas e violentas ainda ressoam no cotidiano pós-governo Bolsonaro e, infelizmente, tendem a permanecer em disputa com caráter ideológico e pseudomoralista.

  A vitória de Lula em 2022: um fôlego

             A derrota de Bolsonaro foi construída por setores diversos, antagônicos até, mas a figura que protagonizou a disputa foi Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro operário a chegar na Presidência do Brasil e o Partido dos Trabalhadores, reconhecido em todo território como um partido de esquerda no imaginário da classe trabalhadora brasileira. A aliança capaz de derrotar o Bolsonaro é, dialeticamente, a casca do ovo: primeiro protege, depois sufoca e mata quem estiver lá dentro, se não quebrar. Paradoxalmente, estamos sendo sufocados por uma casca que não só não quebra, como é sustentada, organizada e fortalecida por aqueles que deveriam estar tentando rompê-la: a esquerda brasileira.

 Uma opção à direita: Haddad, operador do setor financeiro        

             No imaginário da classe trabalhadora, Lula é um homem de esquerda. Na vida real e concreta, Lula conduz um governo com políticas que facilmente seriam adotadas por qualquer governo de direita. Em parceria com Haddad e seus velhos-novos aliados, parte significativa formada por golpistas e até daqueles que ajudaram a concretizar a sua prisão, impõe à adoecida sociedade brasileira o que vão chamar de remédio amargo, que na verdade é um veneno para o enfermo.

O governo Lula é um governo de centro-direita e seu remédio é uma política neoliberal de privatização, PPPs, destruição de direitos, arrocho fiscal e ataque aos mais pobres traduzida no escândalo protagonizado por Haddad em sua política para o Benefício de Prestação Continuada, o tão conhecido BPC pelos mais pobres do país, e ataque aos mínimos constitucionais da saúde e educação.

             Com essas medidas antipopulares, o Governo Federal, além de precarizar a vida do trabalhador, cria um novo terreno de desilusões políticas. A classe trabalhadora não sente sua vida melhorar, e as bravatas de Lula, que mais apresentam narrativas gerais afetivas do que programa político, vão chegando a um esgotamento, levando à queda de sua popularidade e à confiança depositada pelos setores populares.

             A desilusão começa a chegar, também, a uma juventude que não conhecia o PT no governo, mas foi agente político ativo da derrota do Bolsonaro porque não aceita mais viver em uma sociedade que ataca as pessoas LGBTQIA+ e que reproduz o racismo e o machismo de forma violenta e institucionalizada. Essa juventude começa a criar um caldo de dúvidas e incertezas, busca novas referências políticas para toda uma nova geração que consome informação e desinformação, em doses cavalares, pelas redes sociais.

             A política do governo, através do seu ministro Haddad com o Arcabouço Fiscal, é um dos maiores ataques às conquistas da Classe Trabalhadora. Portanto, não é de hoje que a dinâmica dessa realidade tem criado condições favoráveis ao crescimento do neofascismo/neonazismo, pavimentado pelos erros e a capitulação do PT e de Lula às políticas neoliberais exigidas pelo imperialismo, que nunca foram contestadas consequentemente pelo petismo e resultaram no abandono da classe trabalhadora e das massas populares.

 

 Essa derrota tem responsáveis: um Brasil desigual, violento, miserável!

             Nessas eleições sofremos a maior derrota das últimas três décadas. Ela não pode ser explicada, ou justificada, apenas pelas escolhas das candidaturas ou das táticas que foram feitas em cada município, onde os setores progressistas foram derrotados. Devemos buscar a explicação nas escolhas políticas e no abandono de um programa antissistema, na rejeição de um projeto com estratégia revolucionária e de defesa, contundente, das conquistas dos trabalhadores organizados e da população em geral, como é o caso da manutenção do controle público das estatais e dos serviços públicos, ou da necessidade da reforma agrária e urbana.

             Tudo isso foi abandonado pelos governos petistas, e nesse processo eleitoral, no qual o PSOL aceitou fazer coligação com o PT, pouco, ou nada se fez de cobrança em relação à defesa da soberania nacional e de um projeto de Nação. A esquerda, em especial o PT e, lamentavelmente, Boulos, em São Paulo, e Edmilson, em Belém, se esquivaram dos grandes temas que sempre foram basilares para a esquerda brasileira. Essa é uma derrota gravíssima, que expõe toda fragilidade do governo Lula e do PT, expressa, de forma categórica, na ascensão da direita e da extrema-direita.

  São Paulo: o símbolo deste resultado eleitoral

       A adoção da tática generalizada por amplos setores da esquerda Brasileira “parecer com eles” para vencer as eleições, em uma sociedade dividida, extremamente polarizada, disputada de todas as maneiras por forças políticas, desde as igrejas, até as universidades; das redes sociais, até seus locais de trabalho; abrir mão da identidade, se diluir, esconder seu programa, dissimular posições é se jogar do precipício.

             A derrota mais emblemática da esquerda brasileira nestas eleições foi na capital econômica do país, a maior cidade da América Latina: São Paulo. Protagonizada por Guilherme Boulos, ela foi marcada por uma mudança de perfil, de comportamento político e programático. Guilherme abriu o processo defendendo internação compulsória como uma possibilidade, igualando a resistência palestina aos ataques brutais e violações de direitos humanos protagonizadas pelo estado sionista de Israel. Boulos baixou a guarda para os setores mais atrasados do empresariado paulista apontando para privatizações e parcerias público privadas como solução para alguns problemas.

             Escondeu pautas importantes do movimento negro, como a luta antiproibicionista. Fez pouca ou nenhuma referência à guerra travada pelos conservadores contra a vida das pessoas LGBTQIA+. Atacou o governo Venezuelano. Disse que, se necessário, faria reintegração de posse. Normalizou uma relação política com José Luiz Datena, sujeito que protagoniza ataques diários aos direitos humanos, reproduzindo uma política racista de defesa do encarceramento em massa e guerra aos pobres. Terminou a campanha aderindo a um programa de ilusões com o empreendedorismo e legitimando a figura neofascista, violenta e completamente dispensável de qualquer diálogo, Pablo Marçal.

             Boulos não recuperou dignidade alguma, de esquerda, como disse em seu discurso. Guilherme enterrou o programa, desanimou a militância, se igualou e jogou o PSOL na vala comum dos políticos da ordem. Escondendo o programa, o partido, a ideologia e as bandeiras de esquerda, dissimulou ser o que não era e não cresceu nem 1% dos votos que teve na eleição de 2020, que foi mais politizada, mais aguerrida e com pelo menos 10 vezes menos recurso que em 2024.

  A política no geral foi à direita

             A esquerda foi ao centro, o centro foi à direita, a direita foi à extrema-direita; essa última é composta por diversos grupos fazendo a disputa interna. Ou seja, a extrema-direita sai maior, porém com muitas fragmentações políticas. Jair Bolsonaro sofre derrotas importantes, mas raramente perde para a esquerda, apenas para outros setores da direita ou da própria extrema-direita. Apesar disso, seu partido sai fortalecido, tornando-se, cada vez mais, uma referência política para os setores radicalizados por segmentos do neofascismo e seus tentáculos sociais.

             Em resumo, o péssimo desempenho e o programa político do governo federal, somado a uma postura de abandono da disputa de hegemonia e aproximação com o centro e as vezes até com políticas de direita, explica, em boa parte, a derrota política da esquerda que deixou o campo praticamente livre para que a direita jogasse sozinha, sem contrapontos firmes, sem embate de ideias que não passasse de uma disputa para dizer “quem é o melhor gestor do Estado”. Quando deixamos de ser nós mesmos, vamos aos poucos, deixando de existir. Já eles, são muito melhores em ser eles mesmos do que as cópias mal diagramadas que tentamos reproduzir de forma caricata, rasteira e dissimulada.

 

 É PRECISO RETOMAR A OFENSIVA

 

O governo federal precisa de um contraponto à esquerda

             É preciso denunciar com mais contundência tudo o que tem acontecido nos salões dos palácios do poder. Forçar um constrangimento social pelo abandono completo do programa político de esquerda, ao chegar no Executivo. Além disso, é preciso ser uma esquerda que não teme dizer seu nome. É necessário acreditar que é possível disputar a hegemonia da sociedade, disputar a consciência da nossa classe nos temas mais complexos. Reafirmar nossas bandeiras, denunciar com contundência o sistema político e todo o aparato opressor do estado burguês. É necessário voltar a mostrar que a esquerda é a verdadeira alternativa antissistema, radical e capaz de apresentar soluções reais a partir da luta política organizada.

 

Necessidade do Partido e da mobilização

             Mais do que nunca é preciso reafirmar a importância do partido e do aprofundamento do debate sobre a necessidade da mobilização e da superação do capitalismo. Não podemos esquecer uma das principais formulações de Marx, na qual assevera que a superação do capitalismo não se dará por via eleitoral pacífica e, muito menos, ocupando espaços no Estado Burguês sem uma intencionalidade revolucionária de defesa incondicional à classe trabalhadora.
             Nessa perspectiva, vemos esse processo eleitoral como um momento de acúmulo de derrotas e de aprendizado. Sobre o PSOL, temos que reafirmar o caráter socialista do partido e que, portanto, a conciliação de classes antagônicas e o rebaixamento programático em busca de votos são só é uma cópia piorada do petismo pragmático, que precisa ser abandonada pela atual maioria da Direção ou derrotada pelas demais organizações do partido.

             Mais que vencer eleições, precisamos disputar uma nova maioria social com um pensamento, programa e cultura de esquerda. Não é possível fazer isso sem dizer quem e o que somos. Em tempo, é preciso que a esquerda volte a ser de esquerda.

 

 

FORTALECER O PSOL – Novembro de 2024

 

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