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Hidrelétrica de Jirau e de Santo Antônio Paralisadas

[Hidrelétrica de Jirau e de Santo Antônio Paralisadas]

Camargo Correia tenta tirar direitos dos trabalhadores e reação foi imediata

Operários da usina de Santo Antônio param trabalho após conflito em Jirau

 

15 mil operários da usina hidrelétrica ficam parados até domingo (20).
Medida foi adotada por precaução, para evitar confronto, diz concessionária.

Os operários da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho, pararam o trabalho na manhã desta sexta-feira (18), segundo informações da Concessionária Santo Antônio Energia, responsável pela futura geração de energia da usina. Ainda de acordo com a empresa, a medida foi tomada em consenso com os funcionários para evitar confrontos na obra, assim como tem ocorrido no canteiro da usina de Jirau, desde terça-feira (15).

Segundo concessionária, cerca de 15 mil trabalhadores de Santo Antônio deixaram as atividades até domingo (20). Ao contrário do que ocorreu em Jirau, o clima nesta usina é pacífico e não houve confronto. A assessoria de imprensa da Polícia Militar disse que há efetivo da corporação e da Força Nacional de Segurança nas proximidades da usina de Santo Antônio para garantir a segurança das instalações e dos operários.

Cerca de 12 mil operários foram retirados do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Jirau, nesta quinta-feira, e transferidos para alojamentos em Porto Velho. Nesta sexta-feira (18), a preocupação da Polícia Militar é evitar novos tumultos e atos de vandalismo na capital, mas a situação é considerada tranquila.

Os operários estão distribuídos em um ginásio esportivo e dois clubes, segundo a assessoria de imprensa da PM. O policiamento foi reforçado próximo aos locais de concentração dos operários em Jirau, com carros de polícia que fazem rondas pela região. Policiais militares e homens da Força Nacional estão no local e fazem o levantamento de danos ao patrimônio, mas não há registro de novos protestos.

Protestos

Na noite desta terça-feira, cerca de 45 ônibus e 15 carros administrativos foram queimados por operários, que também depredaram 30 instalações e 35 alojamentos da usina. Após uma trégua na quarta-feira (16), os manifestantes voltaram a atear fogo a ônibus, carros e alojamentos nesta quinta-feira.

Para dar apoio à Polícia Militar local e fortalecer a segurança nas obras da Usina Hidrelétrica de Jirau, uma tropa da Força Nacional foi enviada ao local.

Segundo o governo de Rondônia, o Ministério da Justiça confirmou o envio de 600 homens da tropa da Força Nacional. O Ministério da Justiça confirma o envio das tropas, que já estão no local, mas não especificou a quantidade do efetivo deslocado por considerar a informação estratégica e de segurança nacional

Foto: RIAN ANDRÉ/RONDONIAGORA

"Nossa Posição é que o capitalismo de Dilma além de destruir a natureza, quer deixar os ricos mais ricos, com uma superexploração das massas trabalhadoras.  Para seus aliados, as contrutoras, como a Camargo Correa, não basta ter financiamento do Estado para investir sem risco e com lucro fácil. Eles querem mais! Por isso tentam tirar direitos dos operários. Mas a classe trabalhadora tem limites de tolerância para defender sua dignidade e por isso houve a revolta em Jirau e a paralisação em Santo Antonio. Parabéns aos trabalhadores que não se deixam escravizar, num país como o Brasil" -  Coordenação do Enlace-RS

Fonte: Glauco Araújo-Do G1, em São Paulo
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