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MTST sai vitorioso da #OcupaPaulista
“Seguiremos nas ruas contra todos os ataques a direitos realizados pelo governo Temer e em luta pela democracia”, informaram em nota publicada no site do MTST. “
Após 22 dias de resistência e cultura, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) deixa hoje (09/03) a Avenida Paulista, em São Paulo, com um sentimento de vitória e um gostinho de “quero mais”. A manifestação, que ficou conhecida como #OcupaPaulista, reivindicava a retomada das contratações de moradia na Faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida, que estavam suspensas desde o golpe de Michel Temer.
Após negociações, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, garantiu a liberação de recursos para a construção de casas para famílias com renda de até R$ 1,8 mil. Desde que assumiu, o governo Temer tenta priorizar famílias com renda mais alta no programa, o qual atualmente consiste no maior meio de acesso à moradia popular no Brasil.
Com a volta das contratações, o acampamento atingiu seu objetivo e encerrou o protesto em frente ao escritório da Presidência da República, na capital paulista. O movimento deixou avisado, no entanto que a luta não acaba aqui. “Seguiremos nas ruas contra todos os ataques a direitos realizados pelo governo Temer e em luta pela democracia”, informaram em nota publicada no site do MTST. “Ontem não dissemos ‘adeus’ à Paulista, mas só um ‘até logo’. No dia 15 tomaremos novamente esta avenida, com milhares de sem-teto, no dia de lutas contra a reforma da previdência”, prometem os manifestantes.
A assembleia de encerramento da ocupação, que aconteceu ontem à noite, no Dia Internacional de Luta da Mulher, foi puxada somente pelas mulheres do movimento, que é majoritariamente feminino. Além de funções administrativas e de coordenação nas ocupações e manifestações, elas tiveram papel central na organização da alimentação, segurança, estrutura e no cuidado com todos os acampados. O MTST, hoje, é um dos mais importantes Movimentos Sociais da América Latina e tem cumprido um papel de extrema importância no que diz respeito à oposição ao desmonte das políticas habitacionais da direita brasileira.