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Núcleo Mineiro da Auditoria Cidadã realiza Seminário

[Núcleo Mineiro da Auditoria Cidadã realiza Seminário]

Nesta semana, o Núcleo Mineiro da Auditoria Cidadã da Dívida promoveu importante Seminário no Auditório da AFFEMG (Associação dos Funcionários Fiscais do Estado de Minas Gerais), conforme mostra o Portal desta entidade:

 

“O evento contou com a presença dos Deputados Adelmo Leão e Bonifácio Mourão, respectivamente Presidente e Relator da Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para renegociação da Dívida. A mesa também foi composta pelo deputado Celinho do Sintrocel e pela coordenadora do Núcleo Nacional da Auditoria Cidadã, Maria Lúcia Fatorelli. O debate foi coordenado pela economista, Eulália Alvarenga que é coordenadora do Núcleo Mineiro de Auditoria Cidadã.”

 

A TV da Assembleia Legislativa de Minas Gerais também cobriu o evento, e entrevistou os participantes:

 

“Os deputados têm participado de uma série de reuniões para discutir a dívida de Minas com a União. Segundo especialistas, os juros são altíssimos. Uma das alternativas seria o governo federal cobrar dos Estados os mesmos juros que cobra de empresas privadas. Um debate sobre o assunto foi promovido pelo Núcleo Mineiro de Auditoria Cidadã da Dívida.”

 

Centenas de milhares nas ruas na Espanha

 

Hoje, centenas de milhares de pessoas foram às ruas na Espanha para protestar contra as medidas nefastas impostas pelo setor financeiro, tais como a Reforma Trabalhista e mais cortes de gastos sociais, sob a justificativa de que isto seria necessário para viabilizar o pagamento da dívida. Os trabalhadores planejam greve geral dia 29 de março, conforme mostra o Jornal “O Estado de São Paulo”, segundo o qual os espanhóis protestam contra a “austeridade”.

 

Cabe comentar que, escrita desta forma, a notícia dá a entender que os espanhóis estariam equivocados, pois, em tese, ser “austero” e pagar as dívidas seria uma obrigação de todos.

 

Porém, cabe comentarmos que a crise da dívida na Espanha (tais como as dívidas de vários outros países europeus) se origina da ação dos especuladores financeiros – aumentando fortemente as taxas de juros – e do grande gasto estatal feito para salvar os próprios bancos, sendo que desde o início da crise global, em 2008, o governo espanhol já comprometeu nada menos que 87 bilhões de euros com o salvamento de bancos, conforme mostra o artigo “Cifras da Dívida”, elaborado pelo CADTM (Comitê pela Anulação da Dívida do Terceiro Mundo).

 

Isto sem falar que, nestes últimos anos, o Banco Central Europeu já liberou trilhões de euros para salvar os bancos, com juros baixíssimos (de cerca de 1% ao ano), e prazos bastante facilitados. Por outro lado, quando são os países que entram em dificuldades – exatamente por terem salvo os banqueiros – estes mesmos representantes do setor financeiro posam de \"arautos da austeridade\" e exigem profundas reformas para que esta dívida ilegítima seja paga.

Fonte: Auditoria Cidadã
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