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O PSOL SOBRE AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2022
As eleições de 2022 serão determinantes para o futuro da esquerda brasileira e sabemos que derrotar Bolsonaro nas urnas é uma tarefa urgente, mas a onda neofascista não findará no calendário eleitoral. Portanto, a construção de uma direção combativa e consequente e um programa que dialogue com as mais sentidas necessidades de nosso povo e que vá em direção a uma saída de superação do sistema capitalista, uma saída socialista é necessária. Está é a única certeza de que nossa classe terá condições de derrotar o neofascismo e o ultraliberalismo aplicado pela burguesia brasileira.
Temos certeza de que um futuro governo de Lula/Alckmin não terá um programa de enfrentamento ao conservadorismo e, muito menos, o grande capital; tendo em vista que os setores ligados ao PT e PSB tentam mascarar que houve um golpe em 2016, não aceitando mobilizar a classe trabalhadora e o movimento popular para a superação dessa realidade. Ao contrário disso, buscam uma nova composição com os golpistas como se da história não tivéssemos tirado nenhuma lição.
Assim, diante da difícil conjuntura que articula a crise econômica, política e ambiental, impulsionando uma crise social que reforça as violências causadas pela desigualdade social e pelas estruturas de opressão de um sistema racista e patriarcal, reafirmamos que o PSOL é o único partido que pode ser o embrião dessa nova direção político-partidária e social, que teria condições de expressar o novo e o consequente, em defesa da classe trabalhadora e no enfrentamento ao neofascismo brasileiro.
Todavia, no momento em que o PSOL teria um papel fundamental para a esquerda brasileira, apresentando e defendendo o seu programa histórico para amplos setores a sociedade, a maioria da direção do PSOL (Primavera; Revolução Solidária; Resistência; Insurgência e Subverta), vetaram a política de candidatura própria e, consequentemente, a presença do partido nos debates presidenciais; o que só reforça a crise política e de direção que o partido atravessa nesse período.
Diante de toda a problemática que vivenciamos, nós, do Fortalecer o PSOL, anunciamos um apoio crítico ao Lula, evidenciando que não temos nenhuma ilusão com os limites do PT, mais uma vez explicitados diante da aliança com um dos maiores algozes da classe trabalhadora no estado de São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin.
É importante ressaltar que o nosso apoio crítico no primeiro turno do processo eleitoral se dá somente pela inviabilização de candidatura do partido pela direção majoritária e pelo diagnóstico de que não existe construção a esquerda do PSOL com um programa consequente e com audiência de massas.
Explicitamos nossa posição de não adesão a um possível governo petista! E ratificamos nosso compromisso na defesa de todos os direitos e conquistas dos trabalhadores e no enfrentamento a burguesia nacional e ao imperialismo. Atuaremos no processo eleitoral para derrotar Bolsonaro e na construção uma bancada combativa, de esquerda e socialista!
São Paulo, 30 de abril de 2022.
Direção Nacional do Fortalecer o PSOL