Amanhã (23-12) os trabalhadores do setor aéreo estão com mobilizações e paralisações marcadas  em todo o país. O setor está sofrendo uma grande reestruturação que determina tanto a abertura do céu aéreo para empresas estrangeiras americanas ( fazendo \"baldeação\" em cada aeroporto no limite da ocupação) quanto a precarização do trabalho dos aeroviários (povo do chão) nos \"aero-shopings\"  sem infraestrutura e péssimas condições de trabalho; e os aeronautas (povo do ar- comissários e pilotos) com sobrecarga de trabalho (horas vôo). A regulamentaçao muitas vezes é desrespeitada colocando em risco as operações e a segurança dos usuários e trabalhadores. O caos do setor nos últimos meses foi provocado pelo estouro do limite  de horas trabalhadas.

O setor aéreo é um dos setores onde os empresários mais lucraram juntamente com os banqueiros. Os aeronautas (pilotos e comissarios de vôo) estão sobrecarregados  e em condições precárias de trabalho. A regulamentaçao muitas vezes é desrespeitada colocando em risco as operações.

A campanha salarial unificada reivindicava índice inicial de 15% para ambas as categorias e de 30% para piso dos aeronautas. Após as últimas negociações Aeroviários pedem 13% e Aeronautas permmanecem pedindo os 15%.

O sindicato das empresas ofereceu 6,08 e agora sinalizou com mais 0,5.
 \"Contra toda precarizaçao , ganância dos empresários e a irresposabilidade do governo.
Estamos com indicativo de greve para dia 23 de dezembro.\"  (Paulo  Sergio)

Já existe a ameaça de ação na justiça e de multa diária. O governo já atua para desmobilizar a luta dos trabalhadores do setor aéreo. Os sindicatos e entidades controladas pela CUT como no RS já dão sinais de recuo e de desmobilização. Mas a base da categoria está indignada e disposta a não ceder. Em alguns estados como SP a paralização já não depende de assembleía e é esperada para as primeiras horas da manhã especialmente em Guarulhos o que deve atingir todo o sistema. Entre hoje e amanhã são esperadas assembléias e mobilizações em vários estados.

Com o recuo da CUT a Força Sindical procura se cacifar junto ao movimento e  é muito importante a solidariedade de todos sindicatos e sindicalistas do campo da intersindical nas assembléias e mobilizações.

Logo o Paulo mandará os contatos de companheiros que podem auxiliar nas informações sobre as mobiliações e paralizações em alguns dos principais estados.

Essas são as primeirs mobilizações do setor, mais adiante são esperadas operações no final de ano e férias, períodos de grande demanda. O sucesso dessa atividade é fundamental para a luta não só da categoria, mas atinge também o debate sobre a privatização do setor e a reestruturação implementada pelas agências de regulação atendendo aos interesses do setor empresarial e extendendo mais garantias e espaços a empresas estrangeiras.

Repassem e entrem em contato com os companheiros. Em Sampa o deputado Ivan foi contatado e em outros estados é importante que as lideranças mais públicas do PSOL estejam igualmente presentes.