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Polícia Civil: Governo desrespeita pontuação em lista de merecimento

[Polícia Civil: Governo desrespeita pontuação em lista de merecimento]
A última lista de promoções é um retrato do descaso da administração pública com a impessoalidade e respeito aos policiais civis. Além da quantidade exígua de promovidos, decorrente da falta de um plano de carreira, as promoções por merecimento são um caso de Polícia. O fato, no limite da irresponsabilidade, significa desrespeito à Constituição Estadual. Há ainda duas listas em atraso.
 
No § 3 do artigo 31 da Constituição, lê-se que ?as promoções de grau a grau, nos cargos organizados em carreiras, obedecerão aos critérios de merecimento e antiguidade, alternadamente, e a lei estabelecerá normas que assegurem critérios objetivos na avaliação do merecimento? (grifo nosso). Pois existe uma pontuação, ainda que imperfeita, que representa um critério objetivo para promover por merecimento.
 
Esta pontuação é uma farsa. O boletim regimental nº 77 da Polícia Civil traz a lista completa dos pontos somados por todos os policiais. Os agentes promovidos por merecimento na última lista não são aqueles que somaram mais pontos. Um policial que estava em 517º lugar passou à frente daquele que estava em 2º. O malfeito é da alta hierarquia estadual e das hierarquias subservientes.
 
Listas anteriores
 
Em listas anteriores, Yeda Crusius promoveu policiais por merecimento em conformidade com a quantidade de pontos de cada um. Houve poucas e isoladas exceções. Como não faz proselitismo selvagem, a Ugeirm aplaudiu o respeito à pontuação. Uma das notícias pode ser verificada quando, sem maiores explicações oficiais, Yeda decidiu exonerar o ex-chefe da Polícia Civil, João Paulo Martins.
 
?Outro esforço digno de registro foi a tentativa de regularizar promoções, o que inclui o respeito à pontuação daqueles que ascendem na hierarquia por merecimento. Sim, ainda existem listas em atraso, o que precisa ser saldado. Por outro lado, com raras exceções, as últimas listas de promovidos por merecimento tiveram a pontuação observada - o que nunca na história da Polícia Civil havia se verificado?. 
 
Poderia ser pior
 
É importante lembrar que, no final do ano passado, Yeda encaminhou um pacote de maldades à Assembleia Legislativa. A PEC 200/09, que ainda tramita, pretende extinguir a antiguidade nas promoções. Se fosse aprovada, todos nós ficaríamos reféns de uma tal meritocracia, vendida pela imprensa ?amiga? do governo como ferramenta moderna de gestão.
 
O critério de antiguidade valoriza a experiência, é respeitado, além de ser objetivo e impessoal. Por isso, precisa ser defendido pela totalidade dos policiais que não querem ficar reféns de ?amigos? no governo de plantão. Os governos passam; os servidores públicos continuam. A mudança pretendida por Yeda Crusius não aconteceu porque a Ugeirm e sindicatos que integram o Fórum de Servidores Públicos Estaduais reagiram em defesa de seus representados.
 
Se a governadora quisesse aperfeiçoar critérios objetivos de promoção por merecimento, não haveria contrariedade das entidades que representam servidores públicos. ?Ainda temos um gargalo terrível nas promoções. Além do Q.I na lista de merecimento, são poucas as vagas, apesar de termos enorme déficit de efetivo. A Ugeirm sempre apoiou o encaminhamento do anteprojeto de Plano de Carreira concebido pela Polícia Civil. O governo preferiu engavetá-lo?, observa Isaac Ortiz, presidente da Ugeirm.
 
O sindicato contribuiu, durante o governo Yeda Crusius, com sugestões e ideias para quebrar o gargalo das promoções, estabelecer interstícios de tempo para ascensão na carreira e fixação de critérios objetivos de promoção. Foi ignorado. A partir de janeiro de 2011, a Ugeirm levará ao novo governo as mesmas defesas.
Fonte: www.ugeirm.com.br
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