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PSOL questiona conversa sigilosa entre Cunha e Temer
O encontro não constava da agenda oficial de Temer, mas foi admitida pelo Palácio do Planalto. Já a assessoria de Cunha nega.
O PSOL protocolou na última terça-feira (28/06), na Secretaria de Governo, Requerimento de Informações cobrando explicações do governo federal sobre a conversa sigilosa para discutir o cenário político entre o presidente interino Michel Temer e o deputado-réu afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O Requerimento 1831/2016 está destinado ao ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
A conversa entre Temer e Cunha, conforme divulgado pela imprensa, ocorreu na noite de domingo (26), na residência oficial do presidente interino, no Palácio do Jaburu, em Brasília. Na pauta, o cenário político, incluindo a sucessão na presidência da Câmara e as votações na Casa. O encontro não constava da agenda oficial de Temer, mas foi admitida pelo Palácio do Planalto. Já a assessoria de Cunha nega.
No requerimento, assinado pelos deputados Ivan Valente (SP), líder do partido, Chico Alencar (RJ) e Glauber Braga (RJ), vice-líderes, o PSOL questiona quais as razões desse encontro. Confira abaixo os pontos:
1- Ocorreu, em 26 de junho de 2016, reunião ou encontro entre o presidente interino Michel Temer e o Sr. Eduardo Cosentino da Cunha, no Palácio do Jaburu?
2- Tal encontro estava previsto na agenda oficial do presidente interino? Em caso negativo, por que razão?
3- Qual foi o objetivo do encontro? Quais assuntos foram tratados?
4- O Sr. Presidente da República interino está ciente de que o Sr. Eduardo Cosentino da Cunha foi afastado de seu mandato parlamentar e, consequentemente, da Presidência da Câmara dos Deputados por decisão unânime do Supremo Tribunal Federal prolatada em 5 de maio de 2016?
5- O Sr. Presidente da República interino está ciente de que o Sr. Eduardo Cosentino da Cunha teve o pedido de cassação do seu mandato aprovado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, e empenha-se agora em protelar, através de recurso, a apreciação desta sanção pelo Plenário da Casa?