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Ser mulher sem temer: feministas do PSOL ocupam a política contra o machismo
“Enquanto os homens nunca precisam provar que são competentes para exercer a política, nós, mulheres, precisamos provar 10 vezes para sermos respeitadas”, afirmou Erundina, primeira prefeita eleita para a prefeitura de São Paulo, em 1988.
O Setorial Nacional de Mulheres do PSOL lançou, em evento realizado neste sábado (18), em São Paulo, a cartilha “50 propostas feministas para a cidade”, com o objetivo de fomentar o debate sobre políticas públicas para garantir o direito das mulheres à cidade. O documento vai basear a formulação dos programas das candidaturas do PSOL em todo o país, tanto de homens quanto de mulheres.
O lançamento contou com a participação da deputada federal Luiza Erundina, pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, e cerca de 150 militantes da pauta feminista de todo o país, de dentro e fora do PSOL. Além da cartilha, o espaço também contou com uma roda de troca de experiências e oficina de Teatro da Oprimida. Clique aqui e veja a cobertura completa e mais fotos na página do Setorial de Mulheres no Facebook.
Em sua fala, Erundina ressaltou que a luta das mulheres também é essencialmente uma luta pela democratização do poder e da política.
“Enquanto os homens nunca precisam provar que são competentes para exercer a política, nós, mulheres, precisamos provar 10 vezes para sermos respeitadas”, afirmou Erundina, primeira prefeita eleita para a prefeitura de São Paulo, em 1988.
A deputada frisou a necessidade da disputa do poder pelas mulheres, para exercê-lo de outra forma, feminina. “As eleições são um momento particularmente importante para colocar a pauta das mulheres e fazer um processo pedagógico sobre a política em torno dessa pauta”.
Assista, clicando aqui, ao vídeo da fala completa de Luiza Erundina no evento.
A coordenação do Setorial Nacional de Mulheres do PSOL, apresentou a cartilha, que foi construída a muitas mãos de militantes de norte a sul do Brasil. As 50 propostas se dividem em cinco eixos estruturantes: saúde, educação, segurança, mobilidade e educação e trabalho.
Para as mulheres do PSOL, o debate sobre a cidade é central porque o desenvolvimento urbano no país é marcado pela segregação social e a desigualdade, o que faz com que as mulheres sejam cotidianamente confrontadas pelo assédio e a insegurança, ocupem as vagas mais precarizadas e de menor remuneração no mercado de trabalho e sejam submetidas à violência mesmo ao tentar acessar os serviços públicos, como saúde e educação.
Leia e faça o download da cartilha aqui