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Todo apoio a greve dos professores federais! Fortalecer a luta para assegurar o ensino público, gratuito e de qualidade.
Solidariedade à Greve Nacional dos Docentes do ensino superior!
A INTERSINDICAL manifesta seu apoio à greve nacional dos docentes do ensino superior, representando pelo ANDES Sindicato, que declararam greve nas universidades federais desde o dia 17/05. Esta greve, mais do que lutar pela justa questão salarial, esta centrada na necessidade de reestruturar a carreira docente dos professores federais, incluindo os professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), que atuam nos institutos federais.
O governo federal havia se comprometido, ainda na gestão Lula, com um aumento salarial e com a reestruturação da carreira, mas desde 2010 a comissão encarregada desta questão vinha protelando qualquer decisão, e mesmo o quase insignificante aumento salarial de 4%, acordado em 2011, só entrou em vigor a partir de uma medida provisória, já em maio de 2012, nas vésperas da greve. Sem falar os ataques desferidos pelo governo Dilma, como a desvinculação dos Hospitais Universitários, com a criação da Ebserh, ataque a periculosidade e insalubridade, ao salário dos médicos e veterinários, criação do Fundo de Pensão para o funcionalismo público.
A carreira docente federal é hoje a mais desprestigiada do serviço público nesta esfera, sendo que os níveis salariais dos professores estão hoje abaixo dos níveis de 1998, na era FHC.
E a pauta da reestruturação de carreiras, mais do que assegurar aos docentes estabilidade profissional para desenvolver suas atividades, é essencial para que a universidade pública possa cumprir sua missão articulando o tripé ensino, pesquisa e extensão.
Neste sentido, mais do que uma justa greve de uma categoria de trabalhadores, esta luta esta articulado com toda a luta por educação, com investimento de no mínimo 10% do PIB neste setor e valorização dos trabalhadores em educação em todos os níveis.
São as Universidades, sobretudo as federais, que formam os professores dos outros níveis, que formam os médicos, engenheiros, etc e o sucateamento destas e da carreira docente só favorece a privatização do ensino, da pesquisa e mesmo da extensão, uma vez que os docentes, para complementar sua renda e financiar suas pesquisas, muitas vezes dividem-se entre sua função pública e consultorias ao setor empresarial.
O governo federal, após quase 2 anos literalmente enrolando as negociações, tenta dividir o movimento e não conseguindo, suspendeu a reunião de negociações prevista para dia 28/05, demonstrando que um governo que formado em seus vários escalões por ex-sindicalistas hoje é tão autoritário quanto qualquer patronal.
A força desta greve que já conta com 44 universidades paralisadas, com mais 18 com greve estudantil e uma greve de técnicos marcada para iniciar dia 11 de junho em todo o país. Diante disto, a INTERSINDICAL chama toda classe trabalhadora, a juventude, as organizações sindicais, estudantis e dos movimentos sociais a fortalecer esta luta, manifestando seu apoio a esta greve nacional e aos servidores docentes, técnicos e estudantes das universidades que façam grandes assembleias unitárias para encaminhar esta luta que é de tod@s!