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Todos à Conferência estadual dos bancários

[Todos à Conferência estadual dos bancários]

Neste sábado e domingo, dias 07 e 08 de julho, será realizada a Conferência estadual dos bancários no Hotel Embaixador, onde iremos discutir e votar as propostas dos bancários e bancárias do Rio Grande do Sul para a nossa Campanha Salarial. Serão abordados quais os eixos da Campanha e qual o índice que devemos reivindicar. Também serão eleitos os delegados e delegadas do RS para a Conferência nacional da categoria, que ocorrerá entre os dias 20 e 22 de julho em Curitiba. É fundamental a participação da base da categoria tanto na Conferência estadual como na nacional para não permitir que a Contraf-CUT aprove um pauta e um índice rebaixado, aquém das possibilidades e dos desejos dos bancários. Por isso, reforçamos o convite a que todos estejam presentes no nosso encontro estadual, neste final de semana, para que possamos eleger uma bancada de delegados ao encontro nacional realmente comprometidos com os interesses da categoria.

Não à pauta rebaixada da Contraf/CUT! CONSTRUIR A UNIDADE DOS LUTADORES
É preciso termos convicção de que a nossa reivindicação de índice leve em conta não somente a inflação oficial do período, mas a violenta queda do nosso nível de vida, corroído pelas perdas salariais acumuladas ao longo dos últimos 18 anos. Todos nós sabemos que o impacto do reajuste do aluguel, tarifas públicas, transporte e alimentos não se resolverá com um acordo que supere em 1 ou 2% a inflação oficial.
Uma mudança real na campanha passa por não abrir mão das reivindicações da categoria e pela democracia no movimento. Temos que inverter a lógica da Contraf/CUT, que esconde as perdas salariais da categoria e busca controlar integralmente o processo de negociação. Nenhum bancário aguenta mais essa situação. A greve vira um filme com começo, meio e fim já conhecidos por todos. Mas a categoria pode mudar essa situação. Na Caixa, o maior anseio dos bancários é a conquista da isonomia. A oposição unificada contra o campo majoritário (Articulação) pressionou o Conecef (Congresso Nacional dos Empregados da CEF) e conseguiu aprovar um encontro aberto em São Paulo para discutir e fortalecer a luta pela isonomia. Não vamos colocar para baixo do tapete as principais reivindicações dos bancários, que passam pela reposição das perdas, pela volta do antigo PCS do Banco do Brasil, jornada de 6 horas para todos sem redução de salário, isonomia, estabilidade no emprego para os bancários do setor privado, etc.
Por isso, é fundamental a unidade de todos os lutadores que não estão de acordo com a pauta rebaixada da Contraf-CUT para que atuemos de forma unificada no encontro Nacional e durante toda a campanha salarial.

No governo Dilma segue a farra do lucro dos bancos e a privatização branca

Muito tem se falado na ?tensão? entre o governo e os bancos, por conta da questão dos juros. A CONTRAF/CUT imediatamente divulgou muitos elogios ao Governo Dilma, em função da redução de juros nos bancos públicos. Temos uma leitura completamente distinta. As medidas de Dilma nem de longe resolvem os nossos problemas. O consumo segue sendo incentivado através do financiamentos de veículos e outras linhas de crédito direto ao consumidor. Não há política de investimento para gerar empregos e salários, pois o governo aposta no endividamento da população como forma de enfrentar a retração da economia. E o pior: querem impor arrocho salarial e até reajuste zero e, por isto, estão jogando muito duro com os trabalhadores, como no caso da campanha salarial do funcionalismo público federal.
Só um sistema financeiro estatizado e controlado pelos trabalhadores pode mudar essa realidade e direcionar os recursos para projetos de interesse da maioria, pondo fim ao enriquecimento absurdo de uma ínfima minoria.

Organização de base

Dentro dos bancos há uma verdadeira epidemia de doenças ligadas ao trabalho, como LER/DORT, depressão, stress oriundo do assédio moral, das pressões por metas, de ritmo de trabalho, levando, inclusive, colegas ao suicídio, como ocorreu na Caixa no mês de junho, em Porto Alegre.
Nesta campanha salarial, é muito importante avançarmos na organização dos trabalhadores nas agências e departamentos para que possamos dar uma resposta melhor aos problemas enfrentados no nosso cotidiano, como os que relatamos acima. Além disso, a organização nos locais de trabalho incorpora a categoria na campanha salarial, potencializa a nossa capacidade de luta e democratiza o sindicato e seus fóruns, fazendo com que a base realmente se sinta sujeito das suas lutas e decida os rumos da nossa mobilização.

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