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VI Congresso Nacional do PSOL: É tempo de Fortalecer!

[VI Congresso Nacional do PSOL: É tempo de Fortalecer! ]

Com 50 delegadas/os eleitos/as o Fortalecer o PSOL trouxe para o nosso congresso a confiança de três mil e quinhentas pessoas, considerando que o voto de 70 militantes elege 1 delegado nacional. São homens e mulheres do Acre, Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rondônia e de Roraima. É gente que com todas as dificuldades se dispõe não só a pensar e discutir a política, mas a sair de casa, a sacrificar tempo que poderia passar com a família, com os amigos ou trabalhando para participar efetivamente do processo político. Uns são engajados em lutas políticas das mais variadas, outros não se conformam com as injustiças e covardias do nosso sistema político como um todo e querem oferecer sua contribuição para construir uma mudança radical.

Em primeiro lugar, a delegação do Fortalecer agradece a todas as pessoas que depositaram em nós sua confiança. Em segundo lugar, prestamos contas de nossas posições dizendo que defendemos com toda a determinação que o PSOL assuma decididamente a postura de um partido popular e conectado com as reais demandas da  classe trabalhadora. Um partido que se construa como instrumento de luta nas periferias, no interior do Brasil, um partido que vá das favelas das grandes cidades aos quilombos ameaçados pelo coronelismo nas regiões mais distantes.

Defendemos um PSOL que faça a luta da população LGBT levando em conta as dificuldades que essa parcela de trabalhadores e trabalhadoras encontram para entrar no mundo do trabalho, de acessar os serviços de saúde e a política previdenciária. Que leve em conta que o preconceito sofrido na baixada fluminense é diferente do sofrido em Ipanema. Que saiba que a luta das mulheres vai muito além de discutir roupas e expressões linguísticas. Que lute contra a vergonhosa diferença salarial. Que entenda o problema da dupla jornada, que saiba que o acesso a uma creche pública e a uma escola pública de qualidade faz toda a diferença na vida real das mulheres trabalhadoras. Que entenda que o desemprego, a exploração e a violência cobram um preço mais alto das mulheres.

O Fortalecer defende um PSOL que lute contra o racismo estrutural, que saiba que quando se fecham postos de saúde, se reduzem serviços públicos, se fecham postos de emprego, se cortam verbas e se apela à violência como "solução" da questão social, são os negros, os índios e os nordestinos que pagam com a vida numa lógica perversa.

O Fortalecer defende um PSOL que saiba que o Brasil é muito maior do que o nosso partido e que é preciso tratar de forma fraterna as diferentes visões de mundo e os valores que são compartilhados pela classe trabalhadora. Que saiba que nenhum intelectual é o dono da verdade e que reafirme o lema da paz entre nós e da guerra aos senhores.

O Fortalecer defende uma bancada que vai da energia combativa e juventude de um Glauber Braga ao legado histórico e à autoridade moral de uma Luiza Erundina que aos 80 anos de idade ocupa na marra a mesa da Câmara para denunciar os crimes que estão sendo cometidos contra os trabalhadores e trabalhadoras.

O Fortalecer sabe que o Brasil não vai mudar apenas pelo caminho das eleições, mas que ainda sim, é necessário construir uma candidatura forte, com uma base política enraizada não nos auditórios de universidades e salas de debate, mas também nas lutas das ruas, no dia a dia do enfrentamento. Uma candidatura que tenha consciência de quem são os nossos verdadeiros inimigos e que diga a nossa classe que é nela que está a esperança e não nos heróis fabricados pela mídia. Uma candidatura que não aposte no oportunismo, que saiba que a direita não vai pavimentar nosso caminho.

Travamos uma disputa respeitosa com os companheiros que divergem de nós. Jamais deixamos de reconhecer seus méritos. Sabemos que a luta dos trabalhadores é histórica e está acima das pequenas divergências normais e saudáveis de um partido vivo. Convencemos sempre que possível e vencemos sempre que necessário.

Sabíamos desde o início da importância desse congresso e tínhamos a certeza da tarefa histórica de garantir que seguisse mais vivo do que nunca o nosso grito:

 

Vai avançar

Vai avançar

A unidade socialista e popular!

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